domingo, 28 de junho de 2009

Estado da arte

Para o desenvolvimento do projecto fiz uma pesquisa específica sobre a história da boneca, a evolução da fotografia, a história da animação, cinema, narrativas, caracterização de bonecos e marionetes. Após a mesma, reconheço que já existe algum contributo para dar a conhecer outras formas de contar uma história sem recorrer à escrita ou ao cinema. A narrativa somente através de imagens proporcionará diferentes interpretações da história que eu pretendo contar nas fotografias. Recolha de exemplos Aprofundei a minha pesquisa em relação à marionete, no sentido de explorar a expressão corporal para transmitir sensações através da mesma, “…todo o humano só se humaniza ao aprender a agir, falar e sentir...” como está referenciado no texto de Fábio Ronaldo da Silva sobre as marionetes. Assim como explorar a identidade das mesmas, “A marionete, o Outro, a quebrar o espelho, sente-se em estado de graça êxtase e delírio. Dança, na expressão do corpo, toda a sensação de libertar-se auto-imagem como marionete…”. A marionete pode fazer-nos sentir outras pessoas, em busca de uma identidade, “A relação de alteridade entre marionete e Schwartz posiciona-se mais que uma busca de representar a sensação, mas ter a própria sensação de ser outra pessoa”. Assim, temos a liberdade de transformar a marionete no que quisermos, e consequentemente transformarmo-nos noutras pessoas através da marionete. Relativamente à história da boneca, posso concluir que esta é um dos brinquedos mais populares desde sempre pois “Reproduz as formas humanas, predominantemente a feminina e a infantil, e muitas vezes é considerada como um brinquedo que prepara para a maternidade.” (Wikipedia), de modo que é importante realçar a evolução da figura da mesma ao longo do tempo de modo a dar ao projecto um carácter mais real. A fotógrafa Kevin Bauman, foi fonte de inspiração, porque fotografar casas abandonadas, em que esta fotografa casa com vários tipos de arquitectura, importante para o meu projecto porque quero fotografar num cenário que transmita solidão e abandono, mas que possa ser modificado, reconstruído, indo assim ao encontro da minha narrativa. Por sua vez Rebekka Guoleifsdóttir, tem uma fotografia que me faz pensar bastante no seu significado, que é um homem no meio de bastantes bonecos e bonecas, será que ele era um boneco e se transformou num humano? Será que esta ali na meio só porque a fotógrafa queria que fosse assim? Contudo as imagens que estão inseridas no menu dolls, que são referentes a bonecos, bastante importante para a minha pesquisa, na caracterização dos bonecos, nas roupas, nos ambientes que estão inseridos, existe outra fotografia que me chamou bastante atenção, em que esta fotógrafa representa a maternidade com bonecos, entre outras fotos que me ajudaram a ter criatividade nas fotografias e a visualizar melhor a minha narrativa. A fotógrafa Isabelle Neri Vicentini, contribuiu para a minha pesquisa pela sua maneira de ver a fotografia e através desta contar histórias e visualiza-las é uma forma de “ler” a história. Esta tem como base para o seu trabalho a poesia, pensa como pode ficar uma imagem depois de ser captada. Rodrigo Dalpian “A interferência surge como incentivo para além da criação do instante fotográfico.”

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